quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Queer As Roommates - A adaptação

Olá pessoal! Calma, calma, por favor, não me xinguem! Realmente esse lance de ficar postando meus comentários aqui, não está dando muito certo. Me falta inspiração ou iniciativa, ou os dois.

Mas hoje estou aqui pra contar a todos a quantas andam as novas mudanças e adaptações dos meus mais novos companheiros de apartamento.

O mês de agosto transcorreu com muita tranquilidade mas, adivinhem! Antes de chegar à cidade, meu primo me dizia que iria mudar meus hábitos! Que eu iria começar a dormir mais cedo, parar de gastar tanto, comer mais em casa. Enfim, mudar minha vida para tentar economizar para o futuro. Doce ilusão, acabou que EU (rsrsrs) os arrastei para os mais variados programas consumistas: restaurantes, lojas, livrarias, food delivery, etc.

Até mesmo os horários de sono, meu primo tem feito companhia até as tantas da madruga! Quem diria! Não sei, na verdade se isso é bom ou ruim pra mim. Só sei que tem sido muito bom dividir o apartamento com eles.

Meu primo, o R, e eu temos nossas diferenças. embora tenhamos uma história antiga de relacionamento de amizade e rica em experiências, ambos sabemos que às vezes nossas opiniões se divergem, ou o nível de tolerância baixa demais. Sinceramente, eu acho isso completamente normal e saudável. Afinal, seria muito água com açúcar viver numa novelinha de época do horário das 18h! Esses momentos de baixa tolerância creio que seja mais da parte dele do que da minha. Pois sou muito pentelho em diversos setores. Escuto músicas, ao gosto dele, horríveis, fico toda hora inventando programas que se convertem em gastos, enfim... sou um irmão mais novo dele que enche o saco!

O L conseguiu um emprego no final do mês passado. Isso nos trouxe mais tranquilidade visto que sua situação era mais emergencial devido ao fato de ter deixado sua família em São Vicente, meio que em pé de guerra. Embora a conquista desse emprego tenha aumentado significativamente a angústia e a ansiedade do R, que mesmo tendo uma situação mais confortável no setor familiar, está com suas finanças bem comprometidas e a cada dia que passa o nervoso aumenta, por não saber o quanto poderá arcar com os custos de sua vida aqui em São Paulo.

Dia 27 de setembro foi meu vigésimo nono aniversário. De início havia decidido não comemorar com festa. Especialmente decidindo não descer a Santos para evitar que minha família se reunisse e me forçasse a fazer a tal festa. Engano meu! Minha amada mãe foi inventando uma coisa aqui e outra ali, booom! Quando vi, 14 pessoas estavam dormindo no nosso apartamento aqui em Sampa no fim de semana!

Esse evento trouxe uma outra preocupação ao R: o fato de alguns familiares não saberem exatamente da nossa condição. Especialmente um casal, Sérgio e Kátia (Sérgio, ex-padrasto meu e Kátia sua atual esposa, não entendeu? Nem tente entender!) Eles viriam com a filha deles, Gabriela. O ponto crítico era o detalhe de eles pertencerem a uma religião protestante, trazendo-nos a perspectiva de que houvesse, muito provavelmente, uma certa intolerância ao ver uma cama de casal para dois homens no quarto deles.

Acabou que, no decorrer do final de semana, eles foram maravilhosos conosco. Enfrentaram a situação com tamanha naturalidade que meus primos sequer sentiram o impacto da exposição de seu relacionamento à família. Tudo correu muito bem, exceto o barulho no condomínio com tanta gente!!!

Agora o mês de outubro chegou. Ontem, dia 7, foi o niver do R. Meu primão estava completamente imerso às preocupações e bastante deprimido, angustiado com a falta de resposta de uma entrevista de emprego (na mesma empresa que hoje trabalha o L, seu marido). Não achei justo passar o dia inteiro do seu aniversário dessa forma. Decidi ligar para alguns de nossos amigos, marquei uma reunião à noite em casa, desmarquei minha última aula da noite e fizemos, de última hora, uma pequena comemoração. Esse meu primo já passou por muita coisa ruim, inclusive algumas delas causadas por mim, e hoje, o que tiver ao meu alcance para diminuir os percalços que a vida lhe trouxer, eu o farei. Alguns, infelizmente, não podemos evitar, são coisas da vida (não querendo ser tão clichê, mas sendo).

Mas galera, preparem-se, porque o mês de outubro promete acontecimentos interessantes nessa casa! Já está se aproximando o dia em que eu vou dar a primeira puxada de orelha neles dois... e espero que eles tenham motivos pra puxar a minha também, para que eu não me sinta tão constrangido, hahahaha!

Nos encontramos aqui em breve! Um forte abraço a todos!
Ah! Se algum de vocês souber me dizer onde foi parar o meu copo ovalado de vidro e o guarda-chuva do R, por favor, me ligue! O intuito do Queer As Roommates é aludir ao Queer As Folks e não ao Lost!!!