sábado, 27 de março de 2010

Tudo Sobre Você

Este post é dedicado a você G. Hoje conversamos pelo msn sobre o que está acontecendo entre nós. Há dias vinha me remoendo com pensamentos que me levavam a questionar porque eu continuava querendo estar solteiro ao mesmo tempo que saía com você. Dormia com você, em algumas poucas noites, é verdade. Mas esses momentos que tivemos foram especiais e me pergunto: por que não pode ser levado adiante? Por que, dentro de nós, existe uma válvula que libera ou não libera o nosso sentimento mais forte por uma pessoa involuntariamente. Não controlamos. Não sabemos sequer onde se encontra esse mecanismo tão cruel. Digo cruel, porque encontrei em você diversas qualidades que aprecio num companheiro. Mas isso não foi suficiente para que esse cruel agente dentro de nós me liberasse para uma entrega total.
Juro que, com todos os lances que vivemos, eu dava por certo que me apaixonaria fácil por você.
Dizem que não escolhemos por quem nos apaixonamos... eu sei e concordo. Por isso mesmo fiz questão de prolongar todo esse tempo entre nós para que as chances aumentassem. Pois já fui perdidamente apaixonado por um rapaz que, ao vê-lo pela primeira vez, me deu vontade de inventar uma desculpa qualquer e correr pra primeira balada aberta ou grupo de amigos disponíveis!
O que me agrada e me deixa aliviado é saber que você tem consciência de tudo isso e soube entender. Foi perfeitamente compreensivo e verdadeiro. Desde o primeiro dia até este momento de nossa conversa você jamais teve a imbecil atitude de jogar com as palavras ou usar do orgulho para se defender.
Você me mandou essa música cantada pela Zélia Duncan e acabei carimbando nosso "caso" com ela.
G, não sei "Tudo Sobre Você"... mas o que sei me faz ter a certeza de que sempre surgirá um sorriso em meu rosto quando me lembrar de nós dois juntos. Não preciso saber Tudo Sobre Você para desejar toda a felicidade que você merece e merece muito. Alguns corações partidos que estarão lendo esse relato quererão me agredir por estar sendo tão idiota em escrever tudo isso aqui pra você. Mas não resisti. Porque lhe conhecer foi ótimo, marcante, enriquecedor, prazeroso, incomparável, e verdadeiramente sincero!
Um beijo carinhoso... (por falar em carinho, adivinha do que estou sentindo falta!!??)




quarta-feira, 17 de março de 2010

Mundo Pequeno (Tiny World) Parte 1

Colocando uma versão supostamente original entre parênteses vocês devem estar se perguntando que filme será esse! Mas é palhaçada minha. O título em inglês foi por opção. Para ilustrar um caso que me aconteceu recentemente.
Sempre que vou a baladas procuro não esperar encontrar alguém interessante. Vou para curtir a música, para beijar e para beber. Há algum tempo procuro evitar conhecer pessoas pela internet. Cansei desse contato virtual _que por muitas vezes é a única saída_ onde criamos tantas expectativas e imagens que, ao partir para um encontro real, o mundo virtual desaba e destrói qualquer possibilidade de sucesso entre as duas pessoas. Decidira correr mais pelas noites de São Paulo e Santos. Frequentar bares, trocar olhares, criar coragens, enfim. Fazer dessa busca um programa mais interessante do que colar a cara diante do monitor.


Numa certa noite de sábado de outubro ou novembro do ano passado, um primo bem mais novo que eu me chamou para conhecer uma nova balada, que abrira na noite anterior em Santos. Não pensei duas vezes. Três horas depois lá estávamos. Chegamos à meia-noite e estava muito vazia. Parecia, de verdade, início de festa de debutante. Pensei: "preciso sair desse mico e salvar minha noite". Mas entre pensar e tomar uma atitude passou-se o tempo e a balada lotou.
Música, bebida, dança, esbarrões, pisadas, empurrões, derramamentos de líquidos em seu corpo, olhadas, beijos, mais beijos, um pouco mais de beijos e o tempo passando...

Às 4h35 da madrugada meu primo me segurou pelo braço dizendo que já era hora de irmos. Estávamos, também, na companhia de uma amiga sua. Ao me virar para percorrer o caminho da saída, um rapaz esbarrou seu braço em mim num forte impacto. Na mesma hora ele se virou pra mim e pediu desculpas segurando meu rosto com suas duas mãos e logo enseguida disse: "nossa, você é lindo!" (o blog O Código Sandero declara que todas as opiniões expressas aqui neste veículo é de inteira responsabilidade de seus autores, proclamadores e difusores, não tendo o escritor deste conteúdo, qualquer intenção de promover-se).
Quando ele disse isso dei-lhe um beijo e fomos nos correspondendo com as devidas continuações: beijo no pescoço, na orelha, na boca novamente, no queixo, etc. A uma certa altura ouvi meu primo dizendo próximo a mim: "logo agora que íamos embora você resolve se casar!"
Depois de uns 15 minutos me afastei dele por dois motivos: respirar e tentar dar continuidade àquilo tudo!

Eu: "Preciso ir embora. Estou de carona com meu primo."
Ele: "Vamos pra algum outro lugar. Um motel."
Eu: "Acabei de te falar que estou de carona, não estou com carro. Você está?"
Ele: "Eu não."
Eu: "Nem a pau eu entro a pé num motel!"
Ele: "Mas e agora? Eu quero ficar com você!"

Neste momento, parei para analisar a praticidade do garoto de já me convidar pra ir a um motel e ainda assim, a pé! Minha conclusão era a de que o que eu estava pra lhe propor não seria, portanto, ultrajante; tão pouco eu correria risco levando-o para minha casa pois em relação a defesa pessoal, entre ele e eu, me garantia.

Eu: "Vamos pra minha casa. Meu primo nos deixa lá." (aprendi a ser folgado assim com a minha Sorellina)
Ele: "Mas não tem problema?"
Me empolguei com sua pergunta que demonstrava sinal verde mas precisava informar-lhe um detalhe que talvez causasse sua desistência.
Eu: "A única coisa é que minha mãe está em casa. Com certeza já está dormindo. Mas eu tenho o meu quarto, fica sossegado. Há! Moro um pouco distante daqui. Não se importa?"
Ele: "Por mim, de boa! Vamos?"
A continuar...

Direito de Amar (A Single Man)

Aproveitando a coincidência da última postagem com o título original deste filme... bom... ah, esqueci o que eu ia falar... de verdade... enfim...
...neste último domingo, 14 de março, fui ao cinema com minha irmã assistir Direito de Amar. Meu primo me pedira pra que fosse preparado para ver esse filme. Mas o safado não me informou que a personagem principal possuía pontos em comum com a minha vida. Mas talvez porque no fundo ele realmente não tenha visto semelhanças. Afinal de contas, num filme como este, nós ficamos mais concentrados em encontrar pontos em comum em nossas próprias vidas e não na dos outros.
O filme é intenso, silencioso que nossos pensamentos chegam a se tornar importantes coadjuvantes na história.
Esse filme, meu caro amigo Anônimo, mostra exatamente o que tentei lhe falar sobre aprender a gostar demais, primeiramente, de si, para poder enxergar a solidão de uma forma mais neutra, natural (calma, embora eu defenda a tese, pretendo encontrar um companheiro também! rsrs estou contigo nessa!).

Um outro detalhe importante mostrado na vida deste cara é a amizade. Uma figura marcante na vida dele. Uma mulher com personalidade e dotada de total liberdade pra criticá-lo e colocá-lo contra a parede. Enquanto eu acompanhava a história, minha irmã (de consideração) estava ao meu lado e eu não fazia ideia se ela estava gostando ou não do filme. A única coisa que eu tinha certeza era que ela é para mim, o que essa amiga é para o protagonista (com certas óbvias ressalvas). Uma amiga que gostaria que eu não tivesse essa orientação sexual mas que me acolhe e me respeita muito mais até do que ela se achava capaz. Com minha irmã não tem tempo ruim. Nós nos criticamos e segundos depois estamos indo jantar fora ou correndo pro computador pra ver que filme está passando. Ela também critica minhas inquietações e dúvidas sem se lembrar que é, também, uma perdida nesses quesitos com sua própria vida. Portanto, é um companheirismo infinito, inesgotável. Nos permitimos corrigir um ao outro, porque em momento algum nos dizemos perfeitos. Mas talvez seja exatamente por não nos considerarmos perfeitos é que consigamos dar palpites para um melhor aperfeiçoamento alheio. Já que olhando para a vida de quem amamos, é muito mais fácil dizer se a grama está verde ou não. Do que tentar enxergar nossa própria condição. Ou porque nos é difícil, ou simplesmente porque sempre protelamos esse processo complicado. Fico feliz de ter essa amiga-cúmplice... além de outros valiosos amigos, claro!
Mas neste filme, só há espaço pra minha Sore e pra mim! Ops... a um rapaz que pegue meu endereço na secretaria, certamente, não lhe negaria espaço! (tá bom Sore! O cara do estacionamento pode ser seu! humpf!)

sábado, 13 de março de 2010

Solteiro? Sim. Tô de boa? Não sei.

Dia 4 de novembro de 2007 me mudei para o apartamento onde moro atualmente. Deixei para trás meu então namorado depois de quase dois anos de relacionamento. Motivo da separação: uma incógnita. Às vezes acho que caímos no comodismo matrimonial, às vezes porque a sensação de que eu tinha ainda muita coisa pra viver (como solteiro) era muito forte; mas também há o lado do outro, do meu ex-parceiro. Não procurei saber seus reais motivos e confesso que não me interessei. O que prometia vir pela frente era muito promissor pra eu ficar remoendo sentimentos que já haviam sido trabalhados e muito bem aproveitados. Só sei que ambos terminaram em comum acordo. Sem brigas, sem broken-hearts.
Hoje, 13 de março de 2010, dois anos e três meses depois, posso dizer que não estava errado quanto ao futuro promissor; às promessas de aventuras e novas experiências. Vivi situações incríveis (no exato significado da palavra: não possível de se crer). Situações que faziam minha vida parecer uma série americana. Muito egocêntrico da minha parte comentar isso. Mas espero que entendam que essa é uma visão de quem escreve sobre quem escreve. Portanto não serei aqui hipócrita em agir com falsa-humildade ou descentralização forçada do meu ego. Afinal de contas, temos a liberdade de nos autoelegermos como protagonistas de nossas próprias vidas.

Durante esse período (que ainda perdura) já passei por fases de querer encontrar alguém pra namorar sério, pra apenas ficar, pra transar somente, conversar, conhecer e até mesmo de tentar voltar para "ex"! Através disso tudo, deu-se um processo de autoconhecimento espetacular. A paixão que passei a ter pelo que sou, pelo que faço e pelo que vivo alcançou proporções extratosféricas. A ponto de um simples "agradecimento" aos céus passar a ser intenso a cada dia que nasce.
Com isso, tornou-se muito mais difícil encontrar a pessoa certa pra se juntar a mim. Não me tornei_ importante esclarecer_ uma pessoa difícil. Apenas meu ser passou a buscar naturalmente alguém que possua a mesma paixão pela vida. Os mesmos impulsos e loucuras que certos caminhos nos tentam a cometer. Uma pessoa que tenha a habilidade de transformar momentos amargos em interessantes oportunidades de valorização do que temos, do que somos e do que vivemos. Não apenas alguém que queira mudar seu status do Orkut em casado ou namorando. Mas sim alguém que saiba exatamente o que é estar em um relacionamento e domine a arte de balancear os seguintes: companheirismo com individualismo, entrega com reservas, respeito com exigência, flexibilidade com personalidade, sexo com amor, amor sem sexo, sexo sem amor (como é raro encontrar alguém que saiba curtir esses três últimos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!).

Portanto, estou solteiro? Sim. Quero sair dessa? Quero. Estou com pressa? Nãaaaaaaaoooo. Porque está tudo muuuuuuuuito bom, obrigado!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Tem alguém aí?!!


Oieeee... uuuuuuu?! Tem alguém aí? Olááááááááá - lá - lá - lá... hummm ouço sons de eco por aqui. Minha nossa... abandonei mesmo o blog... como é que eu poderia esperar que estivesse alguém por aqui ainda?!!! Nem mesmo os participantes do Solitários do SBT aguentariam esperar tanto tempo (não! eu não vejo nem nunca vi esse programa).

Bom, galera.. é o seguinte: não mais continuarei com o Queer As Roommates por dois motivos: pra atualizá-lo eu teria que postar urgentemente vááários episódios passados e não conseguiria descrever tudo da forma que eu gostaria de fazer. Segundo, é que percebi que essa seção do blog exporia demais as outras duas pessoas que moram comigo: meu primo e seu marido. Tenho receio de, em algum momento, evidenciar detalhes de suas vidas particulares através de comentários inocentes que por ventura eu viesse estampar aqui nestas páginas. Ou, me conhecendo bem, se algo muito hilário acontecesse conosco aqui, eu não resistiria e postaria o ocorrido mesmo que causasse constrangimento a eles.
Enfim, estou aberto a sugestões...
Mas prometo que farei mais postagens como as antigas. É engraçado escrever nisso aqui. Parece que estou num ambiente totalmente sem iluminação, sem saber se tem alguém me ouvindo, se tem alguém ligando pra algo que escrevo (risos). Mas faço isso pra me sentir aberto e externado em relação aos meus pensamentos. Isso me faz bem.. e, de quebra, pode ser que entretenha alguém por aí.
Um grande abraço a todos!
Edu, Gabriel... se ainda estiverem por aí.. peço desculpas pela falta de comprometimento... e obrigado por terem resistido até não sei quando! hahahaha