quarta-feira, 17 de março de 2010

Mundo Pequeno (Tiny World) Parte 1

Colocando uma versão supostamente original entre parênteses vocês devem estar se perguntando que filme será esse! Mas é palhaçada minha. O título em inglês foi por opção. Para ilustrar um caso que me aconteceu recentemente.
Sempre que vou a baladas procuro não esperar encontrar alguém interessante. Vou para curtir a música, para beijar e para beber. Há algum tempo procuro evitar conhecer pessoas pela internet. Cansei desse contato virtual _que por muitas vezes é a única saída_ onde criamos tantas expectativas e imagens que, ao partir para um encontro real, o mundo virtual desaba e destrói qualquer possibilidade de sucesso entre as duas pessoas. Decidira correr mais pelas noites de São Paulo e Santos. Frequentar bares, trocar olhares, criar coragens, enfim. Fazer dessa busca um programa mais interessante do que colar a cara diante do monitor.


Numa certa noite de sábado de outubro ou novembro do ano passado, um primo bem mais novo que eu me chamou para conhecer uma nova balada, que abrira na noite anterior em Santos. Não pensei duas vezes. Três horas depois lá estávamos. Chegamos à meia-noite e estava muito vazia. Parecia, de verdade, início de festa de debutante. Pensei: "preciso sair desse mico e salvar minha noite". Mas entre pensar e tomar uma atitude passou-se o tempo e a balada lotou.
Música, bebida, dança, esbarrões, pisadas, empurrões, derramamentos de líquidos em seu corpo, olhadas, beijos, mais beijos, um pouco mais de beijos e o tempo passando...

Às 4h35 da madrugada meu primo me segurou pelo braço dizendo que já era hora de irmos. Estávamos, também, na companhia de uma amiga sua. Ao me virar para percorrer o caminho da saída, um rapaz esbarrou seu braço em mim num forte impacto. Na mesma hora ele se virou pra mim e pediu desculpas segurando meu rosto com suas duas mãos e logo enseguida disse: "nossa, você é lindo!" (o blog O Código Sandero declara que todas as opiniões expressas aqui neste veículo é de inteira responsabilidade de seus autores, proclamadores e difusores, não tendo o escritor deste conteúdo, qualquer intenção de promover-se).
Quando ele disse isso dei-lhe um beijo e fomos nos correspondendo com as devidas continuações: beijo no pescoço, na orelha, na boca novamente, no queixo, etc. A uma certa altura ouvi meu primo dizendo próximo a mim: "logo agora que íamos embora você resolve se casar!"
Depois de uns 15 minutos me afastei dele por dois motivos: respirar e tentar dar continuidade àquilo tudo!

Eu: "Preciso ir embora. Estou de carona com meu primo."
Ele: "Vamos pra algum outro lugar. Um motel."
Eu: "Acabei de te falar que estou de carona, não estou com carro. Você está?"
Ele: "Eu não."
Eu: "Nem a pau eu entro a pé num motel!"
Ele: "Mas e agora? Eu quero ficar com você!"

Neste momento, parei para analisar a praticidade do garoto de já me convidar pra ir a um motel e ainda assim, a pé! Minha conclusão era a de que o que eu estava pra lhe propor não seria, portanto, ultrajante; tão pouco eu correria risco levando-o para minha casa pois em relação a defesa pessoal, entre ele e eu, me garantia.

Eu: "Vamos pra minha casa. Meu primo nos deixa lá." (aprendi a ser folgado assim com a minha Sorellina)
Ele: "Mas não tem problema?"
Me empolguei com sua pergunta que demonstrava sinal verde mas precisava informar-lhe um detalhe que talvez causasse sua desistência.
Eu: "A única coisa é que minha mãe está em casa. Com certeza já está dormindo. Mas eu tenho o meu quarto, fica sossegado. Há! Moro um pouco distante daqui. Não se importa?"
Ele: "Por mim, de boa! Vamos?"
A continuar...

2 comentários:

  1. quer dizer que sou folgada é?, ainda bem que vindo de vc isso é um elogio rsrsrsrs
    bjs
    sore

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  2. Que primo bonzinho que vc tem! *-*

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