sexta-feira, 24 de abril de 2009

Eu te amo, cara

Por favor! Não me abandone! Começamos nossa história como nenhum outro casal jamais poderá começar... não consigo me imaginar abrindo meus olhos de manhã (2 p.m.) e não poder ler uma mensagem sua dizendo que já está morrendo de saudade desde que saiu de casa! Por favor! Minhas aulas não serão mais as mesmas!Fique. Deixe-me mostrar o mundo de felicidade que podemos ter!

Viiiiiish... ainda bem que isso não é verdade! Aposto que pensaram que iriam ler uma carta para o meu namorado. Mas como isso seria possível? Sequer tenho um! Mesmo assim, não suplicaria dessa forma, eu acho!
É óbvio que se trata do filme que estreóu (coloquei o acento agudo na O porque também quero reformar a língua portuguesa, humpf!) essa semana.
Hoje, 24 de abril de 2009, fui vê-lo no Espaço Unibanco do Bourbon Shopping (isso mesmo, estou colocando o local porque talvez algum leitor queira me encontrar ao acaso por aí... hehehe).


O filme é ótimo. Comentários inteligentes, discrepâncias sociais completamente naturais e condizentes com a nossa realidade. Como, por exemplo, um irmão gay que não tem nada do famoso estereótipo gay e o protagonista hétero totalmente afeminado em seus pensamentos, atitudes e postura.

Cada vez mais, vibro com o avanço cultural quanto à abordagem da pluralidade de nossa sexualidade... afinal, não quero passar o resto da minha vida apenas vendo filmes alardeando que vida gay é bela e que sofremos preconceitos. Quero me sentar diante de uma tela e apreciar uma obra que me faça sentir normal como todos os outros anormais com os quais convivo neste mundo!
Paul Rudd como "Peter"

Tenho um amigo heterossexual que mora em outra cidade. Crescemos praticamente juntos por causa da escola. Eu o acho muito bonito e gostoso, mas sempre quando tive vontade de conversar com ele sobre minha orientação sexual, quero dizer, quando quis contar-lhe que sou gay, dei um passo atrás e achei melhor ficar na minha. De certa forma, me sinto confortável com essa situação. Pois com ele posso conversar sobre outras coisas sem ter que passar pela interpretação na cabeça dele, de que comigo algo possa ser diferente por eu gostar de algo idêntico ao que tenho entre as pernas. Sim, é triste concluir isso, mas são raras as pessoas que sabem encarar com naturalidade um homossexual, que sabem levar uma amizade pelo simples fato de gostar da amizade e ponto. Meu primo uma vez me disse que se eu contasse a esse amigo que jogo no outro time, eu poderia me surpreender com uma declaração de que ele também joga, "porém se mantem na segunda divisão"! Já tive vários delírios e desejos por ele, nossas brincadeiras de "falso-macho" sempre me deixaram explodindo de tesão. Mas nem curto pensar muito a respeito, porque gostaria que a amizade que guardo no peito por esse amigo fosse sempre assim, até o fim.

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