quarta-feira, 18 de março de 2009

A Dúvida nos corrompe, nos tira o sono. Durmo tão bem!

Hoje, ainda em 18 de março, saí do hospital onde meu avô está internado e decidi caminhar pela Paulista. Não senti a mínima vontade de voltar pra casa. Tentei me propôr a ficar acompanhando meu avô durante a noite, mas a vaga já estava preenchida e o meu tempo ocioso.
Comprei uma entrada para o filme Quem quer ser um milionário? e fui vê-lo (sim, ainda não cheguei ao ponto da insanidade de apenas comprar o bilhete!). Terminado e filme, a vontade de botar os pés em casa ainda não havia surgido, portanto, voltei à bilheteria (21h07) e comprei outro ticket para ver A Dúvida (21h10).

Meryl Streep faz o papel da Irmã Aloysius Beauvier (excelente performance) que tenta descobrir um suposto envolvimento sórdido do seu superior, o Padre Brendan Flynn (Philip Seymour Hoffman), com um aluno de 12 anos, Donald Miller (Joseph Foster) da escola religiosa onde Irmã Aloysius dirige com pulsos de aço.

Gostaria de focar um assunto que me chamou a atenção nesse filme (e se você ainda não o viu, por favor, pare por aqui!) justamente na parte final em que Irmã Aloysius confronta o rancor e a incredulidade, por causa de seus atos, da Irmã James (Amy Adams) ao informar-lhe que conseguira derrotar o Padre Flynn e tirá-lo daquela paróquia. Após receber um questionamento emotivo e revoltado da noviça, a diretora da escola se derrama em lágrimas e confessa não estar certa se realmente o padre era culpado, além dessa confissão ter tido, para mim, uma conotação mais abrangente, englobando também os assuntos relacionados aos seus próprios erros e dúvidas. Essa mulher forte e fria não sossegou enquanto não conseguiu mostrar a si que estava certa. Porém, há um grande problema... por não conseguir provas, mentiu, inventou situações e ganhou, por isso, a famosa "consciência pesada".
Quando discuto algum assunto com alguém e este me diz que eu estou errado ou que eu me arrependerei do que disse, ou que só penso em mim, ou que estou sendo injusto com fulano... digo sempre com firmeza que a minha consciência é meu guia. Se no dia seguinte eu acordar com tranquilidade e paz de espírito é o que me importa. Sou bastante argumentativo mas quando alguém consegue dobrar meus argumentos e mostrar que estou errado, logo assumo. Pois não há nada melhor que poder olhar pra trás e ver que os passos certos foram aproveitados e os errados mais ainda! Manter-se nos degraus do orgulho só faz a gente ficar fora do alcance do ombro alheio. Muitas portas se fecham quando o orgulho consegue nos convencer de que nos tornará capazes de ultrapassar paredes! Quando na verdade ele é um amigo falso que na primeira oportunidade nos deixa sozinhos e sem as pessoas que mereciam as nossas desculpas e a nossa humildade.
Ah! Vale a pena ver o filme para escutar o sermão do padre sobre fofoca. Bem verdadeiro.
Hã, o que? Por que eu não comentei o Quem quer ser um milionário? Pô, gente! Não tenho mais que 15 reais na carteira e vocês querem que eu fale sobre a possibilidade de ser milionário! Tenham um pouco de compaixão! Essa fica pra próxima! Humpf...

Nenhum comentário:

Postar um comentário